Híbridos
Propostas artísticas marcadas pela fusão entre rock e elementos da cultura brasileira e nordestina.
Sob este subgrupo está o rock regional, vertente que fez muito sucesso na
música autoral de Teresina na virada para o século XXI.
Batuque Elétrico
Segundo o blogue oficial, possui uma proposta que tem como base a articulação do funk e samba rock com gêneros ligados à tradição musical brasileira (bossa), nordestina (maracatu) e outros gêneros transnacionais (soul e reggae). O vocalista do grupo, Ricardo Totte, é um dos mais destacados agentes na articulação da música autoral de Teresina a partir do coletivo Cumbuca Cultural.
Bia e os Becks
A banda busca trabalhar um combo de influências que tem como base funk, soul e rock and roll, associando estes gêneros à sua “essência brasileira e nordestina”, segundo biografia contida na plataforma Soundcloud. É um dos projetos musicais de maior destaque na segunda década do século XXI em Teresina.
Captamata
A proposta da banda baseou-se na mescla da sua revisitação e atualização da cultura tradicional nordestina – música, poesia e temáticas – com gêneros transnacionais como o rock. Participou do primeiro DVD conjunto de artistas do rock piauiense, o Amostra Cumbuca Cultural (2007).
Doce de Sal
A banda fez parte do coletivo Geração Tristherezina e teve como integrante Valciãn Calixto, um dos artistas piauienses cujo trabalho foi mais mencionado na imprensa alternativa brasileira no ano de 2016. O grupo articula o punk rock com sonoridades populares brasileiras, nomeadamente o Axé baiano, articulação que eles denominaram de Axé Punk.
Hernane Felipe
Cunhou o termo “utopiauiense” para designar a sua produção, onde “a partir dos sons de raiz surgem novas possibilidades de criação musical (fusion music) e nasce a possibilidade de diálogo de ideias, ritmos, inovação”. Além da carreira-solo, foi vocalista do grupo Narguilé Hidromecânico.
Lado 2 Estéreo
Um dos mais importantes projetos musicais piauienses surgidos no século XXI, alcançou algumas das mais importantes façanhas dentro do segmento analisado nessa investigação. Formado por remanescentes do grupo Monasterium, o duo articulou uma proposta artística que manuseava com exímia eficácia referências brasileiras e transnacionais.
Narguilé Hidromecânico
Segundo boa parte dos entrevistados consultados nessa investigação, o mais influente projeto musical do rock piauiense no século XXI. Ao estruturar a sua proposta artística no diálogo do rock, nomeadamente na sua veia mais punk/hardcore, com inúmeras referências brasileiras, nordestinas e piauienses, inaugurou uma forma de fazer e pensar a música no Piauí. Lançou quatro álbuns que entraram para a história da produção musical do estado. Possuiu várias formações, abrigando vários destacados músicos de Teresina.
Os Caipora
Um dos principais nomes da vertente rock regional no início do século XXI. O mix entre gêneros transnacionais, como o rock e o reggae, e aqueles de origem nordestina, como forró, baião, maracatu e bumba meu boi, marcam a proposta artística da banda, segundo a biografia contida no seu blogue oficial.
Ravel Rodrigues
Como descrito na biografia na plataforma Soundcloud, sua proposta consiste em “composições que vão da bossa nova ao reggae, abraçando rap, baião, rock e MPB”. É filho de Zé Rodrigues, um dos mais importantes compositores do Piauí. Participou, entre outros, do grupo Eu Capiau antes de seguir carreira solo.
Validuaté
Articulando gêneros brasileiros com o rock, foi a banda teresinense que alçou voos mais altos no século XXI. A chancela interna foi um ponto importante para que a banda travasse importantes parcerias com reconhecidos artistas nacionais (Zéu Brito, Ferreira Gullar entre outros), assim como circulasse por importantes instâncias de legitimação da grande imprensa (o Vídeo Music Brasil, VMB). Seus álbuns, Pelos Pátios Partidos em Festa (2008) e Alegria Girar (2009), estão recheados de hits locais.